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Cassiopeia de Joana Ferraz

Olá, leitores!


Terminado mais um livro chegou a hora de vos dar a conhecer a minha opinião.


Começo por vos dizer que, não sei ainda o que sinto! Sinto-me arrebatada, confusa...estou completamente apática!


Cassiopeia é o romance de estreia da Joana Ferraz e que é publicado pela Coolbooks, uma chancela da Porto Editora, agradecendo desde já a cedência deste exemplar.


Ler Cassiopeia foi um desafio que senti que ia dar comigo em doída! Saí da minha zona de conforto, uma vez que este não é um romance dos quais estava habituada a ler. Foi um desafio que ainda que por breves momentos me fez querer desistir por não me sentir cativada e ligada à história. No entanto, sempre que lia uma página era difícil não ler a seguinte. Contraditório, é verdade!


Cada capítulo do livro dá a conhecer o tempo em que Cassiopeia, a nossa protagonista, está em coma. Um coma induzido após um Enfarte do Miocárdio.

Ao longo das 207 páginas que o livro tem, viajamos na memória intermitente da Cassiopeia, uma jovem de 30 anos. Vamos conhecendo a sua vida, o seu dia-a-dia, o seu passado, a intensidade das suas relações familiares, a intensidade com que vivia os seus dias, a sua perspectiva sobre a importância da vida e a forma como a vivemos. Vamos assistindo a revelações que nos surpreendem e que nos tocam, deixando-nos quase em lágrimas.


Não é um romance cliché, de princesas ou de Hollywood que a Joana nos dá a conhecer. Pode ser a história de qualquer um de nós, basta apenas estar vivo! É uma vida de perda de entes queridos, de traumas da infância, do passado de familiares, da descoberta do Eu, de rebeldia da adolescência, de reconstruir laços familiares que achávamos quebrados e jamais recuperáveis.


Este livro teve um impacto em mim, nos meus pensamentos, nos meus sentimentos e nas perspectivas que tenho em alguns temas. Confesso que por momentos senti-me perdida na história, perdida nas personagens, em que não sabia a quem a Cassiopeia se dirigia. Se era ao leitor, se ao seu namorado, ou se a outra personagem e foi, este estado de confusão que me fez por vezes querer desistir da história.


No fim, fiquei surpreendida, sentindo uma enorme vontade de contactar a autora, Joana Ferraz e perguntar: a Cassiopeia? Morreu? Acordou? O final em aberto dá espaço a que nós, leitores, façamos desta história, nossa! Porque de facto, pode ser nossa. Dá para refletir no nosso dia-a-dia, na forma como vivemos as nossas vidas! Relembrando que, num momento podemos estar com os amigos a aproveitar um fim de tarde, ou simplesmente a fazer planos para o futuro e no outro momento estamos em coma. A lutar uma batalha entre o morrer ou acordar e aproveitar a segunda oportunidade de vermos a vida, as pessoas, os lugares de outra maneira.


Adorei o facto, da Joana permitir que sejamos nós a ditar o destino da Cassiopeia!

Gostei! Surpreendeu-me e apesar da maré de incerteza que senti em relação ao livro a meio da leitura, o balanço é positivo, permitindo-me aconselhar-vos este romance que dá muito que pensar!



Se ficaste curioso com Cassiopeia podes adquirí-lo em Wook.pt


Vemos-nos no próximo capítulo!


Boas leituras,


Mar.



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